quarta-feira, novembro 15, 2006

Piromania

Engraçado, quando eu acendi o isqueiro e aproximei da primeira placa de compensado, achei que aquilo não ia dar em nada. O isqueirinho, chocho, daqueles que se compra em mãozada com três unidades, parecia heróico ao acender um simples cigarro, não teria capacidade sequer de sujar de fuligem uma placa de mais de três metros de área, ainda por cima meio úmida. Mas assim que o fogo lambeu a madeira eu me animei, a chama parecia que ia “pegar”, e eu, inconsciente, mantive apertado o botão que libera a saída de gás. Quando soltei o tal botão, o fogo já tomava conta de uma área do tamanho de uma caixa de fósforos, bonito, estalando – aquela porcaria de compensado, uma maçaroca de retalhos de madeira, papelão e cola, queima que nem jornal, que saudade de fazer balão-galinha! No que saí andando e olhei por cima do ombro, a fumaça já era aparente. Dei uns cinquenta passos e virei para olhar novamente, que beleza!, o fogo havia subido e estava do jeito que o diabo gosta. Quando eu cheguei em casa, depois de tomar banho e comer, liguei a televisão e vi o plantão de notícias. Três carros de bombeiro, daqueles grandes, aquelas escadas Magirus esticadas, um espetáculo! Só consegui dormir, eufórico, seis horas depois, quando o plantão voltou, avisando que o fogo estava finalmente sob controle, não havia vitmas. Estava em paz com o meu Nero interior.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seu politécnico meia-boca! Metros é unidade de distância, e não de área!

Esse foi baseado numa história real?

E chocho é mesmo com ch?

WTF is balão-galinha?

Anônimo disse...

Espero que sejam poucas as pessoas que despertam seu próprio Nero interior...
Bjss!