terça-feira, dezembro 27, 2005

Adeus Ano Velho...

2005 foi um ano agitado, que passou muito rápido. Como lembraremos dele em um futuro não muito distante? 2005 foi o ano em que New Orleans teve seus dias de Bangladesh e o Brasil descobriu o verdadeiro PT e a genialidade suprema de um Ronaldinho. Teve Bruna Surfistinha, atentado em Londres, Roberto Jefferson (como ainda não deram um talk-show pra ele?), livro novo do velho Rubem Fonseca, Fernando Meirelles invadindo Hollywood, gravações inéditas de Bird & Diz e Monk & Trane descobertas, Habemus Papam, cocaleiro eleito na Bolívia, Skype, Daspu, bois ensandecidos invadindo açougue no Largo 13, Maluf preso, petróleo batendo recordes, eleições no Iraque, Pelé e Maradona batendo bola, rampa anti-mendigo, Pearl Jam no Brasil, casamento do Elton John, mulheres vencendo eleições na Libéria e na Alemanha, Argentina caindo no grupo da morte da Copa, curva de juros invertida, morte da Velhinha de Taubaté, sucessor do maestro Greenspan, Burger King e Stella Artois em versões tropicais, um sonho do Jorge Ben se realizando (dólar caiu e o “cruzeiro” subiu), documentário insosso sobre o Vinícius, Bola de Fogo e a sua Atoladinha, julgamento do Michael Jackson, o welfare state convulsionando na França...

Alguns fatos do próximo ano são perfeitamente previsíveis: vamos nos enojar com a campanha eleitoral. O trânsito de São Paulo vai continuar batendo recordes. Os economistas vão errar todas as previsões de câmbio e juros. A Gisele Bündchen vai continuar linda, o Rio de Janeiro vai seguir em trajetória decadente. Vou continuar admirando as colunas do Tostão e achincalhando as do Stephen Kanitz. O pessoal do Google vai bolar mais uma invenção brilhante e inesperada – é capaz que o Steve Jobs também o faça. A Disney vai lançar dois ou três filmes insossos. Algum novo hit do funk carioca vai assolar o país. A Globo vai organizar pelo menos 8 mundiais e mundialitos de futebol de areia, dos quais 7 finais serão entre Brasil e Portugal.

Incertezas temos aos montes, na medida para temperar nossas existências. Para ficar só na minha praia econômica, creio que a maior dela seja saber até quando vai durar e de que jeito vai terminar a dinâmica China produz barato-EUA importa, organiza, agrega valor, consome e se endivida-China, resto da Ásia e exportadores de petróleo poupam e financiam a dívida americana. Alguém arrisca um palpite? Alguns bons podem ser encontrados aqui e acolá.

Torço muito por certos acontecimentos, que nem são tão delirantes: torço para que o Brasil ganhe um presidente honesto e disposto a fazer as reformas de que tanto precisamos – infelizmente, para alguns, isso significa o Lula ser varrido do Planalto. Torço para que o Paul McCartney passe com a mega-turnê “Now I’m Sixty-Four” pelo Brasil. Torço pro Vargas-Llosa ganhar o Nobel de literatura, pra Fernanda Lima posar para a Playboy, pra que a situação pelo menos comece a melhorar (ou deixe de piorar) no monte de países pobres deste mundo. Pro João Gilberto sair da toca e fazer alguns shows sublimes, e pra EMI tomar vergonha na cara e fazer uma reedição decente dos primeiros discos dele. Torço pela paz, pela alegria, pelo amor e pelas moças bonitas. Torço pra que a final da Copa seja Brasil x Argentina, que cada time acabe o jogo com 8 jogadores e que o Ronaldinho faça chover nesse jogo, que entraria para a história como “a batalha de Berlim”. E, acima de tudo, torço para que as pessoas queridas tenham a saúde, a serenidade e a inteligência necessárias para fazerem de 2006 um grande ano, para si próprias e para todos aos seus redores. Oxalá!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Cozinhando Para Fora


A digníssima amiga Vanessa conseguiu a façanha de me tirar da inércia criativa dos últimos tempos, me convidando para escrever para o site que ela edita, o Morfina. Não dava para negar tal honraria. Confira lá o texto sobre Machistas & Feministas. E aproveite pra conhecer o resto do site, vale a pena.

Link: http://www.morfina.com.br/contraindicacao.asp?texto=1013&edicao=62